Cinema na televisão, "a treze de Maio"...

A coisa vai continuar assim durante uns tempos, até porque o fascínio da lavoura me anda a subir à cabeça à medida que o tempo vai passando. No entanto, anteontem quando cheguei a casa, ainda tive tempo para ver um filme que passava na televisão e, de tão hediondo que se mostrou, terei que falar nele...
O filme chama-se "The Miracle of our Lady of Fatima" e foi realizado em 1952 por Jonh Brahm.
Aproveito para dizer, desde já, que não tenho qualquer fé religiosa e, embora respeite aqueles que a têm, não deixo, no entanto, de me sentir intrigado e até um pouco confuso por fenómenos desta Natureza...
A primeira pérola do filme aparece logo ao início, numa espécie de prólogo introdutório. Diz-se que houve em Portugal uma revolução, a qual teve lugar em 1910 e, levada a cabo por um grupo de socialistas, tentou abolir todas as manifestações de fé católica no país. De imediato fiquei espantado por estas considerações históricas, até porque, o que sei da Revolução de 1910, me leva a crer ter a mesma sido efectuada por um grupo de burgueses, daí o seu epíteto de "Revolução Republicana"...
Mais, diz-se no filme que os socialistas perseguiram os padres, prendendo-os e tentando controlar ditatorialmente todas as manifestações de fé. Ora, comprendendo, como compreendo, o carácter laico da Revolução de 1910, consigo perceber muito bem quais as razões que levaram à perseguição da Igreja Católica, sendo certo que nenhuma delas se deveu à tentativa de instauração de um regime comunista em Portugal no ínicio do século passado.
A primeira pérola do filme aparece logo ao início, numa espécie de prólogo introdutório. Diz-se que houve em Portugal uma revolução, a qual teve lugar em 1910 e, levada a cabo por um grupo de socialistas, tentou abolir todas as manifestações de fé católica no país. De imediato fiquei espantado por estas considerações históricas, até porque, o que sei da Revolução de 1910, me leva a crer ter a mesma sido efectuada por um grupo de burgueses, daí o seu epíteto de "Revolução Republicana"...
Mais, diz-se no filme que os socialistas perseguiram os padres, prendendo-os e tentando controlar ditatorialmente todas as manifestações de fé. Ora, comprendendo, como compreendo, o carácter laico da Revolução de 1910, consigo perceber muito bem quais as razões que levaram à perseguição da Igreja Católica, sendo certo que nenhuma delas se deveu à tentativa de instauração de um regime comunista em Portugal no ínicio do século passado.
E assim vai o filme continuando, sempre com o comunismo como pano de fundo, tentando dar a entender que Fátima foi a razão pelo qual o mesmo foi travado.
Há muito que considerava Fátima um fenómeno propagandístico do mais alto nível, mas até ter visto este filme não tinha entendido a questão na sua acepção plena... Meia dúzia de doidos em volta de três miúdos que supostamente comunicavam com a "Senhora" e progressivamente mais doidos e mais algazarra e mais fé e mais ignorância e mais pretextos para lutar contra o suposto comunismo e manter o atraso de um Portugal muito pouco iluminado pelo progresso...
Foi de fenómenos como este que se fez a história do Portugal de grande parte do séc. XX... Ora Fátima, ora futebol, ora fado... Só restaria porventura dizer "ora f***-se"!
Quanto ao filme propriamente dito, caberá dizer apenas que é brilhante na sua mediocridade artística, pomposo nas suas fundadas considerações ideológicas e honesto na intenção programática de conservar um Portugal genuíno na pobreza, na ignorância e no atraso...
Ironias à parte, vejam o filme se puderem, vale a pena analisa-lo como documento histórico e propagandístico, no que à manietação de massas menos informadas diz respeito...
3 comentários:
VI O FILME ANTES DE ONTEM E FARTEI-ME DE RIR, OS PORTUGUESES MAIS PARECIAM UNS MARIACHIS, COM MUITAS "IMPRECISÕES" (PARA SER BRANDO) HISTÓRICAS.
Vá lá que alguém viu a pérola... uff...
Bonito não? :P
Cumprimentos cinéfilos!
Apesar de ser católico, sinceramente deu-me o sono...Do pouco que vi, o filme não valia absolutamente nada!
Cumprimentos e boa lavoura!
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