Mais uma vez..., o IMAGO!

O festival não foge aos seus moldes habituais, caracterizados por inúmeros filmes e curtas em rodagem permanente, bem como alguns dj set's, live acts e concertos para ouvir pela noite dentro. Novidade, apenas o facto de a Moagem estar, nesta edição do Imago, a funcionar a 100%, dotando o festival de mais e melhores infraestruturas.
Este ano a minha disponibilidade noctívaga não é a mesma de anos anteriores, facto pelo qual me decidi a aproveitar os filmes, deixando a música para o último fim de semana.

Dizer, em primeiro lugar, que os Pixies são, acima de tudo, uma banda muito especial para qualquer amante da música alternativa. Não falo de qualidade musical, mas sim de uma ambiência adolescente que, para quem viveu certas e determinadas coisas, será um lugar comum até ao fim da vida!
O documentário em si é fraco, devo dizê-lo... Como o título o "poderia" sugerir, centra-se na ideia de uma banda que nasceu, morreu e voltou a renascer. Neste âmbito, todo o enredo gira à volta de um conceito comercial, o de vender a imagem dos Pixies como produto do passado, projectando-a no presente e no futuro e abrindo portas para um possível novo álbum.
É, no entanto, um documento essencial para alguém que goste dos Pixies. Mostra-nos os Pixies de agora, "gordos e feios", anteriormente destruídos pelo alcóol e pelas drogas, tentando um caminho na sobriedade, com família, com filhos, com projectos futuros... Esta ideia de que a indústria musical cria fenómenos e depois os destrói não é nova... Ainda há pouco tempo li uma entrevista de Jonh Lydon dos Sex Pistols, em que o mesmo dizia ter sido isso que aconteceu a Sid Vicious...
De resto, "Loud Quiet Loud" é o pretexto ideal para ouvir e cantarolar mentalmente "Hey", "Monkey gone to heaven", "Gouge away" ou "Where is my mind", entre muitos outros temas! Só por isso já terá valido a pena este primeiro dia de Imago.
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