segunda-feira, outubro 09, 2006

Caché

Um filme soberbo, bem ao estilo do realizador austríaco Michael Haneke. Crú quanto baste, usando uma excelente composição, aliada a um brilhante ritmo da acção, diferente, contudo, do thriller habitual...
Um filme sobre o sentimento de culpa, dos homens e das nações, mesmo as mais antigas, habituadas ao epíteto de civilizadas... Nesse sentido, também um filme político, em que se culpabiliza a França no que toca à integração dos emigrantes, neste caso os Argelinos.
Em "Caché" deparamo-nos com um thriller sobre os medos, as suspeições, as desconfiaças e as inquietações que alguns erros do passado nos provocam..., ou não...
No final, um capricho de Haneke, um presente ao cinéfilo, uma metáfora rebuscada. O peso do passado, a necessidade de redenção, a ideia de que a justiça se faz por ela mesma, que a justiça dos homens é feita por eles... Atenção aos pormenores do genérico final...

Vale a pena ver este último filme do realizador de, entre outros, "Funny Games" e "A Pianista", mais não adianto, vejam...

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