segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Deve ser frustrante

tê-lo ganho por este:

e não por este:

Ps: Achei linda uma frase que ouvi da boca dos comentadores que relataram os óscares para a tvi. Foi qualquer coisa como isto: "Este ano os óscares ficaram bem distribuídos. Mas é bom que seja assim, é saudável, leva muito mais gente ao cinema!"

Só mais uma confirmação de que, com os óscares, não se premeia mérito cinematográfico, vendem-se filmes... (ou melhor..., impingem-se filmes...)

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Não sei bem se me interessa, mas quem é que o levará para casa desta vez?



PS: Pode ser que seja desta que o velhote italo-americano o leva e se deixa destas coisas de vez...

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Temporada de patos

No Domingo estive em casa do David e da Vanda, dois amigos meus. Pelo meio de um sem número de conversas, apareceu-me a Vanda com um filme na mão, que me aconselhou e logo se predispôs a emprestar. Não conhecia o filme, não tinha sequer ouvido falar sobre ele, mas fiquei imediatamente cativado com a capa, que podem ver no canto superior direito deste post. Os meus parabéns a quem tratou do marketing do filme...

O filme chama-se "Temporada de Patos" e é de um realizador mexicano, cujo trabalho ainda não conhecia, chamado Fernando Eimbcke. Esta é a sua primeira e, até à data, única longa-metragem e foi realizada em 2004.

Segunda feira fui até casa de outro amigo, o Roxo, e decidi-me a levar o filme comigo, até porque a ideia era passar um serão cinéfilo. No final, um grande bem haja à Vanda por mo ter emprestado e um simultâneo bem haja ao Roxo por mo ter permitido visionar! Que bela descoberta!

O filme tem como cenário de fundo a casa de dois miúdos pré-adolescentes que se apanharam de rédea solta, sem a respectiva progenitora. Aqui, para além dos dois miúdos, vão-se reunir uma vizinha adolescente mais velha que eles e um entregador de pizzas na casa dos trinta anos. Tudo acontece quase fortuitamente e, a final, assiste-se a uma espécie de simbiose entre todos.

Temporada de patos é um filme algo estranho do ponto de vista da estrutura narrativa. Aliás, não digo estranho, mas complexo. Isto porque nunca é fácil imaginar uma história onde ela aparentemente não existe...

No encruzar das histórias destas quatro personagens vão-se debatendo assuntos bem sérios e densos. Desde a sexualidade ao amor, passando pelo trabalho, pela liberdade e pela concretização de objectivos.

A fotografia é muito boa, facto que notamos mal o filme começa! Gostei muito do quadro dos patos... é sempre reconfortante pensar que se pode viver nele... na liberdade...
Deixo uma fala do filme, muito bonita, que aparece na contracapa do DVD e para a qual a Vanda já me tinha alertado (Bem haja novamente!):

"Muitas vezes os patos...

...sentem uma grande
necessidade de emigrar

isso não significa que um pato
que emigre seja um pato mau,

mostra apenas que é a sua natureza
que o faz emigrar

procuram águas novas
ou climas mais quentes.

Sei lá, são patos..."

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Sobre o neo-realismo


"O meu hábito de filmar cenas algo longas nasceu espontaneamente no primeiro dia de filmagens de Escândalo de Amor. O facto de ter a câmara fixa no seu suporte causou-me imediatamente um verdadeiro desconforto. Parecia paralisada, como se estivesse privada de seguir de perto a única coisa no filme que me interessava: refiro-me às personagens. No dia seguinte pedi uma plataforma móvel e comecei a seguir as minhas personagens até sentir que necessitava de passar para outro exercício. Para mim, esta foi a melhor maneira de ser real, de ser verdadeiro."


Michelangelo Antonioni

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Uma palavrinha...

Não tenho visto filmes ultimamente, ou pelo menos não tenho visto coisas com grande interesse.

No Domingo vi um filme chamado "Triple X" que estava a dar na SIC quando acordei. Cheio de acção, porrada, piadas fáceis e bandeiras dos Estados Unidos. Ou seja..., mesmo muito reles..., o ideal para um domingo à tarde em que se procura combater a "disfunção neuronal"...

Entretanto na terça feira foi melhor ainda! Vi "O Crime do Padre Amaro", versão portuguesa com aquela indivídua cheia de dotes (não dramáticos, entenda-se...). Já tinha visto o filme "El Crimen del padre Amaro", realizado pelo Mexicano Carlos Carrera em 2002 e com a participação do Gael García Bernal. Na altura não achei nada de especial, mas não me desagradou ver. Era um filme relativamente bem feito.

Esta versão portuguesa de 2005, para além dos já citados dotes da dita indivídua, não serve para absolutamente nada! Um amontoado de clichés forçados, raccords tão maus como há muito tempo não via e um final em que a fotografia até é bonita, mas em que se fica com a impressão de já ter visto aquela ideia em algum lado. Deve ter sido para dar uma carga "independentóide" ao filme e tal, tipo plano final sem música e narrativa falsamente aberta... Tanto dinheiro gasto com porcarias destas... Não entendo francamente?!? Só de saber que o Icam deu dinheiro (que também é meu) para que este filme fosse feito... Fico verde!

Fico-me por aqui, pedindo desde já desculpa por, nos últimos tempos, não ter acrescentado nada de substantivo ao blog, mas, com tinha dito anteriormente, ando sem pachorra... Inconstâncias, o que é que se há-de fazer?...

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Be careful, it may "Blow Up"...