quinta-feira, março 26, 2009

Moderação de comentários e inevitabilidades

Este blog sempre esteve aberto a qualquer tipo de crítica ou debate de opiniões divergentes... Muito simples, todos somos diferentes e nenhum de nós pensa da mesma forma... Há modelos, há linhas que se seguem e que podem até classificar uma pessoa como fazendo parte de um género ou de outro... É salutar e profundamente enriquecedor quando duas pessoas que seguem linhas de orientação diferentes debatem um asssunto... Agora, uma coisa se impõe: O respeito!
Este blog continuará aberto a comentários anónimos, críticos, divergentes e concordantes. Recebo os comentários no mail e publico-os... Agora, uma coisa é certa: Insultos gratuitos e faltas de educação são coisas que por aqui não se admitem... Se querem destilar ódio, vão para outro lado... Por aqui fala-se sobre cinema!
Cumprimentos cinéfilos!

segunda-feira, março 23, 2009

Bloggers e terrorismo sem causa...

Como os leitores deste blog já devem ter reparado, nos últimos tempos tem-se assistido a um ataque por parte de um anónimo, que entre impropérios e meras parvoíces, denota, acima de tudo, um ódio cinéfilo visceral...
Esse anónimo, como qualquer terrorista que se preze, cria contas do blogger com utilizadores cujo acesso ao perfil é restrito, sofisticando assim os meios de que dispõe... O último laivo de criatividade da sua parte, foi criar uma conta com o mesmo username que o meu... Por isso, se virem um Ursdens a comentar qualquer coisa na blogosfera e se o mesmo pejar o seu discurso com uma série de ordinarices vulgares, podem imediatamente ficar com a certeza de que não sou eu...
(Uma leitura atenta dos comentários em que o mesmo assina como IKEA, será reveladora dos motivos que, a seu ver, justificam esta ofensiva no meu blog)
Não vou moderar os comentários, não penso que tal faça sentido. Tenho um problema, contudo, não visito o meu blog tantas vezes ao dia como o dito terrorista e passo mesmo dias sem o visitar, por vezes... Sendo assim, o máximo que poderei fazer é ir eliminando os comentários do tal indivíduo, pedindo desde já desculpas a quem quer que os veja, ainda que fugazmente...
Cumprimentos cinéfilos a todos os urbanos leitores deste espaço!

quinta-feira, março 19, 2009

Saturday Night and Sunday Morning

Ontem vi pela primeira vez este "Saturday Night and Sunday Morning".

Os filmes sobre a angústia existencial, que povoaram os "novos cinemas", são normalmente marcantes e este não foge à regra... Mas são filmes de outros tempos, em que o inconformismo se prendia com aspectos que hoje não nos tocam, até ver, contudo... Se "Saturday night and Sunday morning" se alicerça nas reminiscências dos moldes laborais da revolução industrial, certo é que o cunho neo-liberal que vão ganhando as actuais sociedades, poderá trazer à baila os problemas do passado, de quem trabalhava horas a fio em fábricas de indústria pesada... Uma diferença apenas, o "fato-macaco" virou "fato-para-macaco" e o óleo das engrenagens tranformou-se em ar-condicionado. O modelo, esse, parece-me o mesmo...

Arthur é um trabalhador, mas recusa-se determinantemente a ser um trabalhador como os outros. Recusa a família e os filhos. Recusa perder a liberdade. Dentro da fábrica é um autómato, fora dela empolga o seu espírito anarquista, direccionando-se às maiores tropelias e devaneios boémios.

Acima de tudo, vejo neste filme um retrato do espírito inconformado de quem, conformando-se com a rotina, faz seus, e apenas seus, os recantos que a ela não pertencem. Meio mundo em guerra. Quem consegue ser livre, por o conseguir, quem não consegue ser livre, por querer impedir os outros que o sejam... Um pouco de "easy-rider"...

Uma nota final para a sequência da feira, coroada com uma montagem estonteante e ímpar em todo o filme. Um cheiro a "novo cinema".

Vale a pena ver. Não é uma obra brilhante, ainda assim essencial...

segunda-feira, março 16, 2009

Tenho dúvidas...

sábado, março 07, 2009

Sobre Frost/Nixon


Continuando o espírito telegráfico que tem caracterizado este blog nos últimos tempos e até porque ao cantar das andorinhas vou preferindo a síntese e, verdade seja dita, a Primavera ainda não chegou, ocorrem-me algumas palavras sobre Fost/Nixon:

1- O Ron Howard costuma-me meter nojo, mas Frost/Nixon é um bom filme.

2-O Antagonismo e tensão psicológica entre os dois personagens principais é brilhante, mérito de dois actores em grande plano (especialmente Langella).

3-Os planos de câmara em mão resultam muito bem.

4-Se o Nixon tivesse vivido antes dos mass-media existirem e conquanto que tivesse conseguido liderar uma grande potência, existiriam estátuas do homem por tudo quanto é sítio.

5-A corrupção é um fenómeno interessantíssimo, toda a gente sabe que é omnipresente, mas apenas se torna indesejável quando conhecida universalmente.

6-A reflexão acerca do close-up patente no filme é extraordinária.

segunda-feira, março 02, 2009

Como não ter insónias a um domingo à noite

Imagine-se que no final do Titanic o Jack não morria e eles viviam "coiso" para sempre. E imagine-se também que o "coiso" que eles viviam não era bem o "coiso" dos filmes mas o "coiso" da vida real (atente-se que não estou a falar do programa em que o outro dava pontapés à outra). Imagine-se também que o Uncle Sam (Mendes, porque isto da lusofonia na América não é só cães de água) tinha visto um filme do Cristian Mungiu e, após esse visionamento, contraiu, por laivos de enfermidade, uma paixão súbita por um livro do Richard Yates, decidindo debruçar-se sobre esse tema pós-moderno que é a vida do casal americano da década de 50.
Do que é que eu estou a falar? De "Revolutionary road", claro está.
Imagine-se apenas mais uma coisa, somente para que se possa dizer que o filme vale a pena. Imagine-se, portanto, que Ingmar Bergman nunca realizou "Cenas da Vida Conjugal" e que o malabarismo de inocuidade sonora do final do filme é brilhante, dado que "Os 400 golpes" são uma expressão também ela inócua, a qual nunca se materializou no título de um outro filme.
Imagine-se tudo isto, porque a não imaginar nada, apenas poderia dizer que dos 6 ou 7 filmes que vi esta semana, este foi o primeiro que me induziu repetidamente o bocejo, o que até acaba por ser funcional num Domingo à noite.