segunda-feira, março 02, 2009

Como não ter insónias a um domingo à noite

Imagine-se que no final do Titanic o Jack não morria e eles viviam "coiso" para sempre. E imagine-se também que o "coiso" que eles viviam não era bem o "coiso" dos filmes mas o "coiso" da vida real (atente-se que não estou a falar do programa em que o outro dava pontapés à outra). Imagine-se também que o Uncle Sam (Mendes, porque isto da lusofonia na América não é só cães de água) tinha visto um filme do Cristian Mungiu e, após esse visionamento, contraiu, por laivos de enfermidade, uma paixão súbita por um livro do Richard Yates, decidindo debruçar-se sobre esse tema pós-moderno que é a vida do casal americano da década de 50.
Do que é que eu estou a falar? De "Revolutionary road", claro está.
Imagine-se apenas mais uma coisa, somente para que se possa dizer que o filme vale a pena. Imagine-se, portanto, que Ingmar Bergman nunca realizou "Cenas da Vida Conjugal" e que o malabarismo de inocuidade sonora do final do filme é brilhante, dado que "Os 400 golpes" são uma expressão também ela inócua, a qual nunca se materializou no título de um outro filme.
Imagine-se tudo isto, porque a não imaginar nada, apenas poderia dizer que dos 6 ou 7 filmes que vi esta semana, este foi o primeiro que me induziu repetidamente o bocejo, o que até acaba por ser funcional num Domingo à noite.

2 comentários:

Filipe Machado disse...

Ainda não vi o filme, mas tenho ouvido maravilhas do mesmo. Espero que a minha opinião não venha ao encontro da tua... Abraço.

Pedro Fiuza disse...

eu saí do filme deprimido.