3 dias, 4 filmes

Entretanto voltei às salas de cinema e logo para ver três filmes de enfiada em dois dias. :D

Quando acabei de ver o filme olhei para o cartaz e vi lá a insígnia do Festival de Sundance. Aí fez-se luz... É que não há nada que tenha visto a ganhar prémios em Sundance que não caracterize por giro, tão só. Mas é a tal coisa, neste aspecto sou um bocado suspeito...
De resto, detestei o final. Raios partam os "pormenorzinhos da pipoca"...

Gostei e acho-o um bom filme, denso quanto baste, ligeiro quando tem que o ser e recheado de boas interpretações.
O facto de Louis Garrel olhar directamente para a câmara em certas alturas e ser o narrador do filme é interessante e até inovador da forma como foi feito.
Achei também engraçada a ideia de alguns dos diálogos surgirem sem que as personagens falassem, mas ouvindo-se as vozes delas. Aconteceu sempre nos momentos mais intimistas, bem esgalhado!
As interpretações de Garrel e Duris são muito boas, embora considere a do segundo melhor que a do primeiro, ao contrário do que cogitava antes de ver o filme.

Não me arrependi, ao contrário do que estava à espera.
Não é que o velho Scorsese de "Taxi Driver" e afins tenha voltado, longe disso. Mas, em relação a "The aviator", "No Direction Home", ou até "Gangs of New York", nota-se que o homem voltou a entrar nos eixos...
Este filme é do género de "Goodfelas", mas com uma estética e uma ambiência muito mais contemporâneas.
Pena que o final da narrativa seja previsível, embora esta esteja muito, mas mesmo muito bem estruturada.
A fotografia não é brilhante, excepção feita a alguns trechos do filme, mas não se nota uma homogeneidade capaz de a definir como de grande qualidade. Equilibra-se este ponto com uma excelente realização.
As interpretações são boas, embora destaque a de Matt Damon, para mim aquele que esteve em melhor plano.
No final Scorsese delicia-nos com uma metáfora muito boa. Atenção aos pormenores inicias da cúpula dourada e ao ratito que aparece no fim...
Enfim, violência crua, acção constante, boa estrutura narrativa, à Scorsese. Os cinco euros e vinte afinal valeram a pena.
Por aqui me fico...
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