The Graduate

Realizado em 1967 por Mike Nichols, este filme retrata a história de Benjamin, um jovem abastado de 21 anos, mas bastante inexperiente, encarnado por Dustin Hoffman naquela que é mais uma das suas brilhantes performances.
Benjamin sempre seguiu os caminhos certos, sempre fora um aluno brilhante, pese embora estrangulado pela vontade dos seus pais de quem era filho único. Mrs. Robinson é a mulher do sócio do seu pai, a típica "quarentona" desiludida... Podia ter sido alguém por si, podia ter estudado, mas teve uma filha, Elaine, e isso impediu-a de ir mais além.
Vejo neste filme a dicotomia amor/paixão, levada ao extremo em cada um dos conceitos. Mrs. Robinson a mulher feita, atraente, despojada de preconceitos... Elaine a jovem frágil e delicada... É entre elas que Benjamin constrói o seu eu, a sua formação sexual, emocional, ao fim e ao cabo, a sua maturidade.

O plano em que Benjamin está com Mrs. Robinson fechado no quarto é já um ícone... "Oh God! Let me out!" Mas o que de mais perfeito se nota em "The Graduate" é a mestria de Nichols em mudar de cenário, aproveitando sempre um elemento do cenário anterior, a dada altura do filme. Não haveria melhor significante para a desorientação de Benjamin, simplesmente delicioso...
O filme faz já parte do imaginário de qualquer cinéfilo, seja pela mise en scène de Nichols, pela interpetação de Hoffman, pela fragilidade de Elaine, pela sensualidade fria de Mrs. Robinson, ou pela banda sonora de Simon and Garfunkel.
Para quando um novo "Novo cinema"? Para quando um Novo mundo que o permita? Recomenda-se o documentário "Easy Riders, Ragging Bulls" de Kenneth Bowser. Pena é que Nichols, Penn, Scorsese e companhia não nos possam dizer: "Hello darkness, my old friend, I've come to talk with you again"...

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