sábado, outubro 07, 2006

Livros sobre cinema

Em primeiro lugar, escandaloso! Estou frustrado, endiabrado, fustigado, enfadado e mesmo irritado! Não é que seja tão má assim a notícia, mas a verdade é que perdi horas da minha vida a ler um livro em inglês quando o poderia ter lido, caso esperasse um ano e picos, em português, poupando muito tempo e ficando com uma noção muito mais precisa da informação.
Para quem ainda não leu, recomenda-se. "Biografia do Filme" de Mark Cousins, a "bíblia do cinema", dada agora à estampa em tradução portuguesa.



Ora, se ao primeiro livro chamei a "bíblia do cinema", a este segundo chamo-lhe a "bíblia do universo fílmico"...

Pois é, finalmente! Finalmente a reedição de "A linguagem cinematográfica" de Marcel Martin, livro publicado pela primeira vez, em França, em 1955 e cuja edição traduzida em português estava esgotada há já algumas décadas...

Num campo em que não são muito frequentes as publicações de peso, muito menos traduzidas para português, surge esta nova tradução, feita a partir da versão revista e aumentada, editada em França em 1985, com a colaboração de Olivier Barrot.

A tradução é de Lauro António e de Maria Eduarda Colares. Deixo alguns excertos do prefácio da autoria de Lauro António:

"A primeira edição francesa desta obra surgira em 1955, esgotara com rapidez, e constituíria obviamente um êxito editorial, mas fora sobretudo um grande triunfo de um público cinéfilo jovem, que inrrompia com a força de um vulcão um pouco por todo o mundo, sobretudo na Europa e particularmente em França, com o aparecimento da Nouvelle Vague (...)"

"Esta obra transformou-se um pouco na bíblia dessa juventude ávida de compreender o cinema e de o conceber criativamente."

"(...) livros como este de Marcel Martin tinham o dom de ensinar a ver os filmes, o que era por essa altura (e ainda hoje) a melhor forma de se aprender a gostar de cinema (...)"

"Durante muitos anos a edição portuguesa esteve esgotada e era impossível encontrá-la, nem sequer em alfarrabistas. Quem tinha um exemplar guardava-o ciosamente (eu nem por isso, dado que emprestei há muito o meu a alguém que o decidiu guardar ciosamente) (...)"

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